Crunch Time nas empresas: exaustão é uma realidade

Termo muito utilizado para designar os últimos minutos de uma partida de basquete, é cada vez mais comum para se referir a jornadas estendidas de trabalho   

O Brasil é o terceiro país com o pior índice de saúde mental do mundo, estando a frente apenas do Reino Unido e da África do Sul, segundo o relatório anual do Estado Mental do Mundo, divulgado em março.  

As razões para isso são as mais diversas, contudo, pode-se apontar o excesso de trabalho como uma das causas. Por exemplo, a International Stress Association (Isma) afirma que o Brasil é o segundo país com mais casos de burnout, cuja principal causa é o excesso de trabalho.  

O chamado crunch time, termo que em inglês remete à ação de esmagar, apertar, é cada vez mais comum no mundo corporativo, na área jurídica e segmentos como tecnologia, comunicação, entre outros, e se refere à extensão das horas de trabalho para conseguir cumprir prazos e metas, muitas vezes com uma equipe reduzida.  

Embora uma realidade para muitos brasileiros, esse excesso deve ser visto como um sinal de alerta, como explica Natalia Rigolon, coordenadora de Desenvolvimento Organizacional da Luandre, uma das maiores consultorias de RH do país. “Não se pode normalizar o chamado crunch time. Em certas ocasiões é normal ‘passar um pouco do horário’ por conta de um compromisso externo ou uma entrega urgente, mas é importante que a empresa observe se essa é a exceção e não a prática”, ressalta Natalia. 

Ela completa que o profissional precisa estar atento se o trabalho impacta sua rotina pessoal. “O corpo dá indícios de que algo não está indo bem, como sentimentos de irritabilidade, desânimo, insônia ou pensamento acelerado. Esses sintomas podem ser indicativos de que a rotina precisa ser revista”, explica a especialista da Luandre. 

Natalia destaca que a gestão também contribui para um ambiente saudável ao fazer um bom planejamento e utilizar comunicação adequada com toda a equipe.

Segundo ela, cada vez mais a reputação da empresa como marca empregadora é fundamental para conquistar os melhores profissionais do mercado. “Uma companhia conhecida por muitos turnovers, ou seja, por ter uma rotatividade elevada de colaboradores precisa se atentar para o motivo disso. Se uma das causas for a jornada excessiva, é fundamental realizar uma reavaliação interna”, diz.  

Abaixo, a Luandre propõe uma lista de boas práticas para evitar jornadas excessivas nas empresas. Confira! 

Entendimento  

Segundo Natalia, entender o que é uma jornada excessiva é o principal. “A maioria das empresas tem uma média de 44 horas semanais, ou seja, acima disso pode ser caracterizado como hora extra, mas é necessário conversar com a gestão para se certificar disso”, explica. 

Transparência 

Boa relação entre gestor e colaborador é a chave. Em muitas empresas é o gestor que aprova a hora extra e dessa maneira já tem um acompanhamento da rotina de cada profissional.  

Pesquisa de clima 

Muitas empresas trabalham com avaliações anuais e entre os quesitos considerados pelos profissionais está a jornada. “Acompanhamentos mensais também podem ser realizados para ajustes pontuais”, afirma Natalia. 

Organização e priorização  

As empresas precisam avaliar cada vez mais a priorização de projetos em andamento a fim de otimizar recursos e não sobrecarregar os trabalhadores a ponto de se sentirem esmagados como afirma o termo. “O local de trabalho precisa ser um lugar de realização para empresa e empregados, por isso o equilíbrio e cuidado são essenciais para manutenção da alta performance das equipes sem que isso custe a saúde de todos”. destaca Natalia. 

A Luandre tem registrado uma média de 4.100 processos seletivos mensais em todo país e tem um banco com 4 milhões de talentos.

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